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15/11/05

Nikko I

A beleza que emana da terra tem a capacidade de nos arrebatar. Locais como Nikko (140Km a Norte de Toquio) fazem-nos sentir assim.
Ontem regressei de um fim-de-semana pintado pelas cores de outono e pela generosidade da Universidade de Toquio. Depois do prazer dos banhos de aguas vulcanicas e do assedio visual das cores vivazes, o regresso ao dia-a-dia soa de forma tenebrosa. Mas assim deve ser a vida... uma luta constante entre "o tem de ser" e a fuga ao quotidiano.

Nikko tem uma longa historia que remonta ao Século VII, quando os primeiros templos Xintoístas se instalaram na cidade. As aguas vulcânicas que brotam das entranhas da terra foram aproveitadas (para consolar Corpo e Espírito criaram-se os Onsens) e as cores idílicas que envolvem Nikko trespassaram para a poesia e para a arte Japonesa. Chega o Século XVI e Tokugawa Ieyaso (O senhor feudal que unificou o Japão) ordena a construção de uma serie de templos que são hoje Património Mundial. Imaginem essa riqueza num cenário de montanhas povoadas pelas cores do outono e pelas quentes aguas que brotam do ventre da montanha.
A Universidade financiou o projecto e 42 estudantes, 1 Professor e o Staff das Relações Internacionais aceitaram o repto. Um autocarro levou a nossa boa disposição para Norte.
Ao passar pela porta do templo de Tosho-Gu apercebemos-nos que pisávamos terreno sagrado. Em seguida fomos para um Onsen (hotel especializado em banhos de aguas vulcânicas) de 9 andares onde deu para dormir num quarto de estilo Japonês (com camas Futon e paredes deslizantes de papel). Vesti uma Yukata (em exclusivo...) o tempo todo e, por entre banhos e massagens, tivemos um jantar delicioso/abundante no mais puro estilo Oriental (seguido de Karaoke). No dia seguinte exploramos a Edoland (parque de diversões que recria o estilo de vida do Japão antigo) e, de autocarro, atingimos os planaltos das montanhas Futarasan-jinja para perdermos o olhar pelas encostas cor de fogo.

Há fins de semana assim!