Num Domingo solarengo dois trintões dirigiram-se para
Kamakura city em busca do templo perdido. Tendo o Oceano Pacifico como pano de fundo, embrenhamos-nos na selva urbana e, com um olhar arguto e descontraído, percorremos vários templos Xintoístas e Budistas onde a ressonância dos Gongs e o cheiro a incenso nos ajudou 'a acompanhar a contemplação dos crentes. No templo
Hasedera os milhares de estátuas de formas grotescas, à semelhança de um exercito mudo/estático de vigilantes, fizeram-nos pensar na espiritualidade associada ao culto da Mãe Natureza (o credo mais antigo do mundo) e no nosso papel de peões nesta criação cósmica de átomos em movimento. Ansiando pelo estado Zen continuamos a marcha pois ainda havia novos mundo para trilhar...
Alguns nativos informaram-nos da existência de um Grande Buda (chamado
Daibatsu e com 850 toneladas de cor verde bronze) algures a Norte. Ainda tínhamos mantimentos para algumas horas e partimos à sua descoberta. Por fim atingimos o destino mas a mente ainda não se sentia saciada, decidimos então aventurar-nos mais a Norte e, para nosso prazer, em pleno coração de Kamakura encontramos um mundo de templos habitados. O maior dos quais chama-se Tsurugaoka, onde nos foi permitido assistir a um casamento Xintoísta.
A cidade de Kamakura situa-se a 50Km a Sudoeste de Tóquio e foi capital do Japão entre 1192 e 1333 sob a égide dos clãs Minamoto e Hojo. Para muitos apelidada da "Kyoto do Leste" e' um local pejado de templos e historia. Rodeada de pequenas montanhas verdes ainda tem o bónus de ser banhada pelo Oceano Pacifico.
Há locais assim!