18/07/06

Às 13h50...

Hoje, na aula de base de dados, olhei em meu redor e dediquei-me à estatística:

Local: sala 241 (capacidade para uns 300 alunos)
Hora: 13h50
Nota: Nestas aulas não precisamos de computador, basta lápis, borracha e papel.

Alunos presentes: 51
Alunos a usar PC: 28 (em actividades externas à aula)
Alunos a dormir: 5
Alunos a realizar tarefas externas à aula que não envolvem o uso do PC: 4 (pelo menos...)

Cálculo auxiliar:
51 - 37 = 14

Inferência:
Na melhor das hipóteses, 27,4% dos alunos estavam atentos à aula.

Conclusão:
Mais uma vez o lema de sempre... corpo presente e mente ausente.

06/07/06

Tanabata

Uma prendada donzela chamada Orihime e o jovem Kengyu viviam nas margens de um grande rio.

Como em tantas outras estórias eles apaixonaram-se intensamente e viviam exclusivamente um para o outro. Com tanto namoro deixaram de lado as tarefas e obrigações diárias e o pai de Orihime (Senhor Celestial) decidiu castigá-los pela sua irresponsabilidade. Foram condenados a viver em margens opostas e apenas podiam encontrar-se uma vez por ano, ao 7º dia do 7º mês lunar.


Nesta lenda Japonesa o grande rio é a Via Láctea e Orihime e Kengyo são as estrelas Vega e Altair, respectivamente. Esta é a lenda que sustenta o festival Tanabata (comemorado desde 755 AD). Crianças e adultos escrevem poemas de amor; desejos de saúde, de prosperidade e de riqueza em papeis coloridos que penduram em altos bambus com que enfeitam parques, ruas e praças.

Post-scriptum:
É fascinante a forma como o Homem interpreta o meio ambiente através dos mitos. Realmente é ao 7º mês lunar que no hemisfério Norte, brilhando intensamente no firmamento e separadas pela Via Láctea, se encontram as estrelas Vega e Altair. Hoje em dia a ciência explica e desmistifica os mistérios que nos rodeiam. Acredita na lógica e na ciência! O mito já não convence!

03/07/06

Hoje é a brincar!

O Japão vibra regularmente ao sabor das placas tectônicas e a sociedade adaptou-se ao risco: As casas constroem-se a pensar nisso (um esqueleto/estrutura de grandes barras de aço confere elasticidade aos edificios) e as pessoas aprendem os procedimentos a seguir.

A regra de ouro é abrir as janelas ou as portas e refugiarmo-nos debaixo de uma mesa com o telemóvel na mão. A primeira assegura uma saída de fuga e a segunda protege-nos da queda de objectos. A seguir apenas nos resta rezar.

As universidades, as empresas e outras intituições, de vez em quando, organizam uma simulação anti-terramoto. Foi assim que o edificio onde trabalho foi palco de um destes acontecimentos. Sob o comando de poderosos altifalantes refugiámo-nos debaixo de mesas e depois disso evacuámos, não o corpo mas sim o edifício. Estava um dia risonho e até deu para socializar um pouco enquanto desciamos as escadas.

Sabemos que as forças da natureza podem causar dor, sofrimento e morte. Se esse dia chegar, que o anjo da guarda nos proteja...

Post scriptum:
Em 1923 o terramoto de Kanto devastou Tóquio, em 1995 foi a vez de Kobe e rezam as estatísticas que 20% dos terramotos mundiais são Japoneses. Em 2005 a tragédia abateu-se sobre Caxemira (Paquistão e India) e em 2004 uma combinação de terramoto com tsunamis varreu o Oceano Índico causando 279 mil mortes.