31/12/06
Poema IX
Destino que nos amarra
Por mais que seja negado
Às cordas de uma guitarra
Sempre que se ouve o gemido
De uma guitarra a cantar
Fica-se logo perdido
Com vontade de chorar
Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que a recebi
E pareceria ternura
Se eu me deixasse embalar
Era maior a amargura
Menos triste o meu cantar
Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que a recebi
Amália Rodrigues (1920 - 1999)
23/12/06
Descontracção Lusa
Um cheirinho de Amesterdão
Como onde há rosas também há espinhos, avisa-se que a tarte de maça na Villa Zeezicht já não é o que era e que fazer turismo em solitário é aborrecido (tal como em 2005). O clima também dispensa apresentações e há sempre aquilo que fica por descobrir/escrever...
Um Bem-Haja à minha anfitriã Richelle.
15/12/06
12/12/06
Um deboche descontraído
Apostando igualmente no olhar hoje sigo para Amesterdão e no Sábado planeio atracar na Portela.
Recomenda-se
Roppongi é uma das zonas ultra-cosmopolitas de Tóquio. Galerias de arte, bares, discotecas, museus, embaixadores e uma certa irreverência coexistem alegremente por estas bandas. Foi por estas bandas que, há duas semanas, vi um filme que me cativou do inicio ao fim. Repleto de emoções fortes e com um final alucinante não percam Saw III. Num cinema, clube-de-video ou disco-rígido perto de si...
11/12/06
O Natal no Japão
Nestas terras do sol nascente reina também a curiosa convicção de que o Natal é a altura ideal para os milagres do coração e é assim que os hotéis, os restaurantes e a Disneylândia de Tóquio preparam programas cheios de flores e champanhe. Entre o romantismo deste pai natal travestido de São Valentim e as pendas de natal, que devem ser desembrulhadas cuidadosamente sem rasgar o papel, apenas resta o tempo de desejar Kurisumasu Omedeto (feliz Natal), pois o dia 25 é um dia de trabalho normal, onde se vive já a antecipação da verdadeira rainha das festas Japonesas, o shougatsu, a festa de fim de ano.
Para ser publicado no suplemento Fugas do jornal Público do dia 23/12/2006.
09/12/06
Um Amor Infinito
Com Um Amor Infinito em vista procuro ocasiões de partilhar a minha alma lusa com uma musa nipónica e foi assim que, esta Quinta-feira, demos por nós a escutar os Madredeus no último concerto desta sua tournée 2006, num momento mágico, possuído de luz e poesia.
Longe de casa sabem especialmente bem os gestos desinteressados de quem nos quer bem - seja um sorriso ou uma palavra amiga! Os exemplos poderiam ser muitos mas aqui deixo o meu Bem-Haja aos 4 P's (e restantes letras) que trabalham para a Embaixada de Portugal e que se lembram de quem por aqui anda longe.
No véspera do concerto houve uma recepção em casa do embaixador J. Pedro Zanatti (para comemorar a tour dos Madredeus) onde sempre podemos contar com a simpatia dos 4 P's e outros (des)conhecidos. Ao sabor de uns saudosos pásteis de bacalhau e um copo de Mateus Rosé, pude sentir o prazer de um dos pequenos nadas de que a vida, garantia o Poeta, é feita; dois dedos de conversa em boa companhia. Pela interação, olhar e reciprocidade uma nota muito especial para as Anas, a Eva, a Laura, o José Peixoto, o Carlos M. Trindade e a Teresa Salgueiro. Boa sorte!
06/12/06
05/12/06
04/12/06
Outono II
02/12/06
Outono I
Se eu fosse baleia
O Japão diz que quem não caça não manduca, ainda que as vozes que repudiam a chacina das baleias e dos golfinhos se tornem cada vez mais incómodas. Ainda assim o clube dos caçadores conta com mais dois membros, a Islândia e a Noruega. Será que por muito sustentada e racional que seja esta caça, estas espécies, já ameaçadas, vão conseguir resistir aos predadores que nós somos?
O que eu vos digo é que se eu fosse baleia, refugiava-me nos Açores e candidatava-me aos subsidios Europeus.