Simulação

No Japão há simulações de terramotos, incêndios, assaltos, etc. de modo a que possamos reagir eficientemente a essas situações. Neste vídeo temos uma simulação da captura de um perigoso rinoceronte evadido do Jardim Zoológico de Tóquio. O cenário está muito realista e nota-se que o jardim zoológico está apto a lidar com a situação.

Rumo ao futuro

Darwin

Darwin está no centro Norte Australiano junto ao Mar de Timor e a 600 Km a Sul de Timor Leste. Tem 120 mil habitantes, o clima é tropical com apenas duas estações (húmida e seca) e a temperatura durante todo o ano mantem-se pornograficamente a rondar os 32º C. É palco das maiores tempestades de relâmpagos do mundo e foi completamente destruída duas vezes (pelos bombardeamentos Japoneses em 1942 e pelo ciclone Tracy em 1974). As ruas são largas e nos quintais há árvores de mangos, bananeiras e papaias. As pessoas parecem andar descontraídas e o mercado (e o pôr-do-sol) na Mindil Beach é inesquecível pela sua diversidade cultural, gastronómica e artistica.

Post-scriptum: Darwin é a capital do Território do Norte. Este estado Australiano tem uma área 14 vezes maior que Portugal e tem apenas 215 mil habitantes. Conseguem imaginar nesta região o significado de multidão?

Mas continuo pobre

Caro jogador,

Parabéns!
A sua aposta n.º xxxxxxxxxxxx relativa ao Concurso n.º 49/2008 no(a) Totoloto foi premiada!

LISTA DE PRÉMIOS

*** Prémio
Jogo: Totoloto
Concurso: 49/2008
Data Pagamento: 08/12/2008
Valor Prémio: 14,06 Euro

** Detalhes
Quantidade: 1
Acertos: 3 Cruzes
Descrição: 5.º Prémio
Montante: 1,87 Euro

Quantidade: 1
Acertos: 4 Cruzes
Descrição: 4.º Prémio
Montante: 12,19 Euro

The Last Shadow Puppets

Kakadu National Park

Com 20 mil Km quadrados, 40 mil anos de presença humana e um sem fim de espécies animais, o Parque Nacional de Kakadu está a 171 Km SE de Darwin. É património mundial da humanidade e está às portas da enigmática Arnhem Land, um dos bastiões/reservas aborígenes que, reza o guia da LP, é ligeiramente maior do que Portugal e tem pouco mais do que 16 mil habitantes. É por estas imediações que se encontram paisagens de espantar que evolvem dramaticamente por entre o desfilar anual das duas estações (época da chuva e época seca). Um contraste e uma biodiversidade que não deixam ninguém indiferente.

Há muito para ver e sentir em Kakadu mas realça-se a pouca presença humana (mas com 40 mil anos de história), as pinturas rupestres, os crocodilos pouco amistosos e os pássaros coloridos, as maiores tempestades de relâmpagos do mundo (que cobrem o céu de uma ponta a outra em ondas sucessivas) e os 3.5 milhões de gansos de Kakadu que todos os dias, ao anoitecer e ao amanhecer, migram das zonas onde se alimentam para as zonas onde pernoitam. Milhares de bandos em formação V que enchem os céus num espectáculo grandioso.

Também para homem

O Japão há já muito tempo que nos habituou a produtos estranhos e inovadores. Uns têm sucesso e outros não mas à conta disso são a 2ª potência mundial...

Neste exemplo apenas foi necessário mudar o público-alvo. Como é que ainda ninguém se tinha lembrado disso?! Ou seja, independentemente de parecerem estranhas, há ideias que geram dinheiro (que o diga o Galo de Barcelos).

I love Tokyo

Tóquio por utsuru.

Aqui vos deixo um breve olhar sobre Tóquio.

Litchfield National Park

No parque nacional de Litchfield, onde 15 pessoas juntas nos parecem uma multidão, é possível acampar à beira de ribeiros cristalinos sem ter vizinhos por perto, cozinhar a lenha e tomar banho numa das várias cascatas/ribeiros. Esta região foi explorada em 1856 pelos primeiros Europeus e, logo de seguida, começaram as explorações mineiras e as fazendas de gado. Os mosquitos e as chuvas torrenciais não foram fáceis de domar (ainda hoje atormentam os incautos) e as térmitas são donas e senhoras da terra já que, por todo o lado, há termiteiras apontadas ao céu. Podem chegar aos 13 metros de altura e são feitas com excremento e saliva. Algumas são redondas em formato de catedral gótica e outras são espalmadas e planas (as termiteiras magnéticas), em que a parte espalmada está orientada para Norte/Sul para reduzir a superfície exposta ao sol (que é a parte Este/Oeste). São arranha-céus da vida animal com refrigeração natural!

Danmara

Dunmara é uma casa à beira da Stuart Highway e passaria incógnita se não fosse a única casa ao longo de muitos Km (Katherine está 314 Km a Norte e Elliot 100 Km a Sul). Também vende gasolina e tem um restaurante, cabine telefónica, bar, motel e parque de campismo. Foi aqui que pernoitámos e, embora já estivéssemos habituados a que os mosquitos averiguassem o nosso tipo de sangue, não deixou de ser estranho ter, enquanto lavávamos a loiça, a companhia de sapos-cururu, osgas, uma râ verde e uma cobra e, ao acordar, ver vacas e centenas de papagaios no campo em frente. E como se isto não bastasse, vários corvos irritantes e dezenas de pássaros do tamanho de estorninhos estavam interessadíssimos no nosso pequeno-almoço. A natureza é bonita!

David Clément

David Clément

O David saiu há 2 anos da Suiça e, após pedalar meio-mundo, encontramos-nos e acampámos 100 Km a Oeste da povoação mais próxima (Alice Springs). Nesse dia partilhámos o jantar seguido de um chai e dispensamos-lhe água para que, no dia seguinte, conseguisse chegar ao posto de abastecimento de água (Glen Elen) mais próximo (50 Km). O plano dele era chegar a Adelaide (3035Km para fazer o Norte-Sul da Austrália) e fazer um pequeno desvio de 400 Km para ver Uluru. E após pedalar um pouco pela Nova Zelândia talvez regresse à Suiça para preparar a próxima andança. Tem 32 anos e de vez em quando escreve em http://davidclement.top-depart.com.

Itinerário do David até 07/10/2008

Há pois

Mataranka

À medida que se avança para Norte o deserto fica para trás e é em Mataranka que esse contraste é óbvio. Alguma da água das chuvas que cai a 2000 Km de distância em Queensland é filtrada pelos canais aquíferos e surge em Mataranka alimentando um oásis luxuriante de águas termais e centenas de palmeiras. Essas palmeiras alojam uma colónia de 200 mil morcegos Pteropos (os maiores do mundo, conhecidos como Raposas-voadoras). De dia estão pendurados nas palmeiras e ao anoitecer fazem-se à vida em bandos que preenchem o céu com milhares de pontos negros em voo errático.

Post-scriptum: Após 2 semanas e meia de paisagens desoladas; escassez de água, de vegetação e de verde, chegar a Mataranka foi um perturbador choque paisagístico, uma quebra do quotidiano. Mas com os banhos de água quente lá conseguimos recuperar...

Estou de volta!

Regressei hoje!

Deixo-vos um balanço em números:

1) 26 mil Km (20500 Km de avião, 4200 Km de jipe, 735 Km de autocarro e 525 Km de comboio-bala);
2) 7 aviões, 3 autocarros, vários ferries e metro, 1 comboio-bala e 1 Toyota Land Cruiser;
3) 2 noites num aeroporto, 2 noites num avião, 9 noites em casa de amigos, 5 noites em hostel, 1 noite num autocarro e 20 noites de campismo (algumas vezes selvagem);
4) 3 pneus que explodiram (4 se contarmos com o que explodiu alguns dias antes da minha chegada);

Explora o mapa!

Ver mapa em grande

Também vós deixo uma selecção das melhores fotografias: (clica para abrir)

2008/09&10 - Australia

No outback

As estações de combustível no outback são inóspitas, caras e sui generis. Algumas delas parecem paradas no tempo.

Flores selvagens

Nas West MacDonnell

Um bando de papagaios verdes nas montanhas West MacDonnell

Trópico de Capricórnio

Um Português sob o Trópico de Capricórnio...

João G

João G aos mandos da Wombat.

Os dois entendem-se perfeitamente.

A Wombat

É de 1985, tem 4000cc de cilindrada, destila gasolina ou gás, ronrona como uma gata e os amigos tratam-na carinhosamente por "Wombat" (para os outros é uma Toyota Land Cruiser).

Parque Nacional de Watarrka

Kings Canyon é um desfiladeiro com 100m de altura e parte do Parque Nacional de Watarrka. Está no Território do Norte a 323Km distante da cidade mais próxima (Alice Springs) e a 1316Km a sul da capital do estado (Darwin). A tribo Luritja vive aqui há 20 mil anos e o primeiro Europeu (Ernest Giles) apareceu em 1872. Toda esta área já esteve coberta pelo mar e algumas das rochas no topo do desfiladeiro foram criadas a partir de areia comprimida que entretanto sofreu a erosão de 30 milhões de anos. Estas rochas porosas absorvem a pouca água das chuvas e criam reservatórios subterrâneos que alimentam pequeníssimas nascentes de água que brotam no fundo do desfiladeiro, e assim surgem pequenos oásis de vida no meio do deserto.

OPAL

O Território do Norte é 15 vezes maior do que Portugal, tem 200 mil pessoas e 30% são aborígenes. O modo de vida deles é tão distinto daquele que lhes foi imposto que muitos não se adaptam, vivem centrados nas suas comunidades e tornam-se presas fáceis das drogas, da inércia e do álcool. Para evitar que alguns deles inalem gasolina, alguns postos de combustíveis no outback vendem OPAL (gasolina sem cheiro).

Billycan

Chama-se Billycan e não é uma panela qualquer. É um ícone do outback Australiano! Cozinha massa, arroz e noodles e também deve cozer batatas. Faz chá, aquece água e dá-se bem com o fogão e com a fogueira.

Post-scriptum: Usámos uma ao longo de muitos dias que invariavelmente terminavam com 1 litro (ou mais) de Chai.

O descanso do viajante

Mikkel, companheiro de viagem e "Gringo", contempla a paisagem que o espera.

Em modo exploração

No "Valley of the Winds" [1] [2] ele caminha resoluto, de olhar atento e com vistas para um cenário surreal. João G é Português, amigo e observador/explorador por paixão.

Instantes do quotidiano

Um dos 4 pneus que nos explodiram nos trilhos do deserto Austral. "Desert Dueler" da Bridgestone!

Poema XI

Não invejo a quem tem
Carros, parelhas e montes
Só invejo a quem bebe
A água em todas as fontes

(...)

Minha alma já viu mil montes
Vales perdidos na serra
Só não viu pomares em flor
Iguais aos da nossa terra.
O mundo só pode ser
Melhor do que até aqui
Quando consigas fazer
Mais pelos outros que por ti

Excerto de "Oh rama, que linda rama", canção popular Alentejana

Alerta à população

Avisa-se que algumas impressões superficiais sobre Quioto já estão na calha. Clicar aqui ou ver 4 textos abaixo.

Instantes de Uluru e Kata Tjuta

Uluru (Ayers Rock) tem 3,6Km de comprimento e 348m de altura. Num território semi-árido este imenso monólito destaca-se solitário por entre as planuras adjacentes e é visível num raio de 120Km. É pertença e território sagrado da tribo Anangu e, do nascer-do-sol ao pôr-do-sol, as colorações da rocha variam entre o castanho ocre e o laranja pintalgado de sombras. Ao longo de milhões de anos a erosão arredondou, esculpiu linhas e formações que exacerbam a magia do lugar.

Kata Tjuta (The Olgas) é um grupo de 36 enormes rochedos arredondados que formam vários vales e desfiladeiros. Uma dessas formações tem 546m de altura e há um trilho de 7.4Km (Valley of the Winds) que nos transporta para planetas estranhos.

Instantes de Sydney

Sydney é a maior e mais antiga cidade Australiana, é extremamente bem-parecida e espraia-se à volta da sua charmosa baía, das suas muitas reentrâncias e praias legendárias. Foi a terra da tribo Eora até que, em 1788, Arthur Phillip aqui estabeleceu uma colónia. Os Eora foram expulsos, mortos ou presos e os colonos viram-se Gregos para retirar o seu sustento da terra até que a corrida ao ouro de 1850 trouxe um grande afluxo de pessoas e recursos.

É p'ra amanhã...

Quioto

Quioto é um dos bastiões espirituais Japoneses. Foi a capital Nipónica durante 794 e 1868, está num vale emoldurado de montanhas verdes e respira misticismo. Os templos abundam e o contraste entre tradição e urbanidade é notório.

À chegada, as linhas arrojadas da estação de Quioto surpreendem pela sua ousadia já que no último andar se encontra o jardim do céu, a partir do qual se tem 360º de visão panorâmica sobre a cidade. Seguindo a música do acaso, encontrámos o templo de Kiyomizu e culminámos o dia ao sabor de deambulações aleatórias no núcleo da cidade onde quelhas e pormenores de encantar preenchem o olhar.

Instantes de Quioto II

Fotografias tiradas a 9 de Setembro de 2008, em Quioto - Japão

Instantes de Quioto I

Fotografias tiradas a 9 de Setembro de 2008, em Quioto - Japão

The great escape

Para Oeste, montando um comboio bala, ruma-se à cidade templo. Seguirei o caminho do filósofo a caminho do pavilhão de prata e, após 2 dias de Japão-perdido, quem sabe se não estarei semi-pronto para o deserto Austral e para as cidades que já foram prisões. Na mochila levam-se afazeres, sonhos e responsabilidades e o desejo de voltar a ver o céu...

Nem sempre é fácil

[Via PhDComics]

Há pois

[Via PhDComics]

Andanças 2008, parte IV

Estou de volta à cidade. Em breve seguem descrições de arrozais, casas tradicionais, jardins, churrascos, muita hospitabilidade, montanhas, colinas e vales de espantar. Japan Tent it rocks!

Women hid snakes in their vaginas

"1431 The Year China Discovered America" (1) por Cavin Menzies agarra o leitor por entre as suas 645 páginas e, nos entretantos, ainda se aprende algumas coisas sobre as artes de marear, astronomia e história Chinesa. Não é para ser levado a sério e as criticas destruiram-no por completo (1, 2 e 3) mas vale a pena ler. Recomenda-se.

Achei curiosa a seguinte passagem:

"At the time of the attack on Ceuta, Portugal was still a medieval land, riddled with superstition. Books described the incredible wealth of lands beyond the sea, the extraordinary challenges that awaited explorers and the strange people and monsters lying in wait to attack them. On the way to India there was 'a sea so hot that it boils like water over a fire, and it is all green; and in that sea serpents breed bigger than crocodiles, having wings wherewith they fly, and so venomous that all people run from them in fear... because [the serpent] grew in the boiling sea, no fire can burn it... in that sea is a whirlpool, so terrible that men fear to venture'. India was a land of "wild beasts that are in the wilderness, blue dragons, serpents and other ravaging beasts that can eat all they can get. There are many elephants, all white; some are blue and of other colours, quite numberless, there are also many unicorns and lions and other hideous beasts. In those far-off lands, men had heads in the middle of their chests, their eyes were in their shoulders; They have two small holes, all round, instead of eyes, and their mouth is flat also without lips. 'Women hid snakes in their vaginas which stung the husbands in their penises'."(pp. 387-8)

Imagem extraída daqui

Mais uma vez se confirma que devemos questionar aquilo que nos rodeia e que, quando procuramos explicações, devemos seguir a razão, a lógica e um raciociono indutivo-axiomático. Apenas a ciência fornece explicações válidas. Tudo o mais é especulação, inclusive este livro...

Nuno Brilhante

O Nuno continua na estrada. Fez-se ao caminho à 738 dias, pedalou mais de 31 mil Km e está na Argentina. O último texto que escreveu descreve aventuras e desventuras de sonho e encantar (a 1ª parte de 43 dias sem pisar alcatrão no altiplano Boliviano).

Sinto que as minhas experiências de viagem são insignificantes quando comparadas com as dele e questiono-me sobre aquilo que se pode e deve fazer com a vida. Mas pelo menos já vi as estrelas...

Paradoxal mas real

Festival do último Sábado, em Sengawa, Tóquio (a 300m da minha casa)

Na vida de um privilegiado há cheiros, faces e ritmos que pulsam energia. A intensidade transforma-se numa rotina diária, a feromona induz-se ao sabor de visões que nos elevam ao céu e a multi-culturalidade torna-se banal já que embaixadores de todo o mundo partilham o melhor que os seus povos têm para oferecer. Diariamente se viaja, o mundo gira na ponta dos dedos e os grilhões do sistema não se fazem sentir. As oportunidades abundam, acreditamos no Humanismo e a liberdade existe por entre uma matriz de escolhas auspiciosas. Sentimos o frémito de estar vivos, o ter saído da gruta e o paradoxo de estar aqui...

"Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer"
Geraldo Vandré (1935 - ?)

Um Espanhol das Canárias mas que facilmente podia ser das ArábiasA ponte Rainbow vista de Odaiba, em Tóquio, Japão Pedidos e agradecimentos aos Deuses, num templo perto de si