Há já alguns anos que não vou à Polónia e as saudades vão-se acumulando. Aqui vos deixo um vídeo promocional.
Um Rebordão Errante
13/06/11
29/05/11
Roterdão
Modernidade e diversidade cultural são omnipresentes ao caminhar pela área central de Roterdão. Por entre edifícios de formas arrojadas, espraiam-se ruas povoadas de holandeses de todo o mundo e cores fazendo jus ao espírito cosmopolita da cidade, onde 50% da população tem ascendentes estrangeiros e o presidente da câmara se chama Ahmed.
Na II Guerra Mundial a Luftwaffe arrasou o centro da cidade e esta preferiu reinventar-se ao invés de se reconstruir. Virou-se para o futuro onde cada edifício visava surpreender e acrescentar algo de novo à cidade. Uma renascença arquitetónica inspirada na água pois é neste elemento que a cidade extrai o seu poderio (é o segundo maior porto do mundo) e para poder existir as águas tiveram de ser domadas com diques, canais e comportas (algumas partes da cidade estão 6 m abaixo do nível das águas do mar).
Deambular pela cidade num dia solarengo é ter o mundo e o futuro connosco. É sentir a fusão da água e da cidade, é observar as tribos urbanas que esperamos encontrar em Nova Iorque, é encontrar mornas Cabo Verdianas em pequenos jardins de áreas residenciais, é ter o cheiro das padarias Turcas e dos crepes Vietnamitas, é saborear o roti do Suriname, os couscous Tunizinos, os pásteis Portugueses e as sandes de arenque Holandesas. É comer noodles na Chinatown, beber cerveja Belga em Neuwe Bennenweg e fazer compras no popular mercado ao ar livre de Oude Haven (Terças e Sábados). Isto é tudo muito gezellig!
Esta amalgama de cidade industrial, passado marítimo, cultura Holandesa e diversidade cultural traduz-se numa dinâmica social muito própria, criando uma cidade confiante e acostumada a estar na vanguarda; seja na pintura, na música, nos negócios ou na arquitetura. Uma forma de estar na qual Desiderius Erasmus Roterodamus (1466-1536) é um dos seus expoentes, e uma referência para centenas de milhares de estudantes universitários que participaram no programa Erasmus. Como dizem os Holandeses, viver em Haia, trabalhar em Roterdão e divertir-se em Amesterdão!
Post-scriptum: Mais fotografias de Roterdão aqui
11/05/11
Uma visão Googliana
Avisa-se a população que nos últimos 24 meses este vosso escriba tem pisado várias terras e que ao sabor do tempo esses relatos acabarão por surgir neste espaço. Até lá deixo-vos com uma perspectiva "Googliana" do planeta. Clica no mapa e explora sem medo!
Artigo sobre o Google Search Volume em clica aqui.
21/03/11
O conto de "duas" saudades
Foi lançado um livro de manga no âmbito das comemorações dos 150 anos da assinatura do Tratado de Paz, Amizade e Comércio entre Portugal e Japão. O livro lê-se de duas formas distintas. Da esquerda para a direita seguimos o quotidiano de um jovem Japonês em Portugal e, da direita para a esquerda, acompanhamos as aventuras de uma Portuguesa no Japão.
Os autores:
Rui Zink (Ideia original e argumento)
Ricardo Andrade (argumento)
Sara Duarte Ferreira (arte)
Download gratuito
Post-scriptum: Surpreende-me terem errado no título. Deveria ser "duas" em vez de "2".
Post-scriptum: Surpreende-me terem errado no título. Deveria ser "duas" em vez de "2".
28/12/10
Malta I
La Valleta, Dezembro 2010
As correntes de ar quente que assolavam o Mediterrâneo conduziram-nos a Malta onde a vida caminha devagar e amena por entre enseadas de encantar. Em autocarros Leyland dos anos 60 percorrem-se paisagens onde as casas de calcário se confundem com os campos que a qualquer momento podem reivindicar o seu estado original. Cidades como Mdina e Valleta encerram mistérios de tempos idos e vilas como Rabat transportam-nos ao interior Português dos anos 80: os cafés mercearia; os alfaiates casino e as montras amareladas pelo sol. Mais além, as praias e baías do Norte permitem-nos esquecer a azáfama da Europa continental e áreas como St Julian, Sleima e Peaceville ostentam orgulhosamente as suas modernas urbanizações à beira mar, a marginal picotada por restaurantes interessantes, bares e hotéis estrelados (recomenda-se os restaurantes Peperoncino em Balluta Bay e La Cuccagna em Sliema).
Post-scriptum:
Post-scriptum:
Malta situa-se entre a Tunísia e a Sicília. Possui um clima privilégiado, 410 mil habitantes e vive do turismo, do transporte marítimo e de alguma indústria. Tem um passado antiquíssimo (com templos Megalíticos de 3600 a.C.) e assistiu ao vaivém de vários povos, por exemplo, os cavaleiros da Ordem de Malta (ou Hospitalários) fizeram de Malta a sua sede por 270 anos.
Autocarro Maltês em Rabat, Dezembro 2010 |
10/12/10
A Carta III
Hangzhou, China, July 2008
“Senhor, posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza” as novas desta vossa armada e do achamento de Terra Nova, “que se agora nesta navegação achou, não deixarei de também dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer! Todavia tome Vossa Alteza minha ignorância por boa vontade, a qual bem certo creia que, para aformosentar nem afear, aqui não há de pôr mais do que aquilo que vi e me pareceu. E portanto, Senhor, do que hei de falar começo:”
Partimos do Oriente, como Vossa Alteza sabe, ao longo do ano 2009 da nossa graça e Senhor. Terras Novas, nativos de todo o mundo, comida exótica e um espanto quase-que-diário ficaram na ilha de Cipango, a qual os vossos marinheiros aprenderam a amar. Ao longo desse ano, com ventos de feição, as vossas caravelas galgaram mares, passaram cabos e aportaram em inúmeras baías. Deitámos âncora em Terras de Flandres e andamos em calma desde esse dia. As viagens foram tantas e tamanhas que não se podem calcular. Mas sossegai Meu Senhor pois, ao longo das próximas missivas, este vosso servo dará a Vossa Alteza do que nesta e noutras terras vi.
Por agora, tenho aprendido os saberes locais na Universidade de Gent. A mando do senhor local fomos convidados a elaborar novas teorias das Probabilidades para avançar a compreensão deste mundo que se diz esférico.
Beijo as mãos de Vossa Alteza.
Deste porto seguro, Gent, Condado de Flandres, hoje, Sexta-feira, décimo dia de Dezembro de 2010.
António Rebordão
Post-scriptum:
O 1º paragrafo faz parte da Carta de Pêro Vaz de Caminha sobre a chegada ao Brasil.
14/05/09
Oh Portugal, How Art Thou?
Houve um tempo em que Portugal foi sinónimo de tecnologia, modernidade e inovação. Por exemplo, foram os Portugueses que introduziram no Japão as armas de fogo, as operações cirúrgicas, as prensas mecânicas, as orquestras filarmónicas, etc.. O próprio vinho da Madeira fazia parte das prendas que o Almirante Perry ofereceu aos Japoneses e que representavam o melhor que a civilização ocidental tinha para oferecer. No entanto, hoje em dia, numa perspectiva geopolítica Portugal é um mero figurante e, salvo alguns casos pontuais, é triste ser um exemplo de uma nação falhada economicamente e educacionalmente. É triste ter uma população pouco instruída. É triste ter os salários que temos e é triste ter tantas pessoas incompetentes (ou sem ser por mérito) a ocupar cargos de poder. Portugal teve tudo para ser bem sucedido e foram estes os dividendos que obteve. Porquê?
Aqui vos deixo um excerto de um livro:
"Though an age of unease, of portents and consultations with the supernatural, there was still time enough for novelties, new sights and experiences. In 1863 an enterprising Portuguese businessman exhibited an Indian elephant in the Ryogoku district, causing much excitement. The creature was depicted in countless prints, with text describing its size, history and eating habits."
pp. 85 de "Tokyo, a cultural and literary history"
por Stephen Mansfield
Aqui vos deixo um excerto de um livro:
"Though an age of unease, of portents and consultations with the supernatural, there was still time enough for novelties, new sights and experiences. In 1863 an enterprising Portuguese businessman exhibited an Indian elephant in the Ryogoku district, causing much excitement. The creature was depicted in countless prints, with text describing its size, history and eating habits."
pp. 85 de "Tokyo, a cultural and literary history"
por Stephen Mansfield
08/05/09
O corpo é que paga
Aqui vós deixo uma excelente versão do vídeo-clip original (1983) de "O corpo é que paga" do António Variações. Um músico à frente do seu tempo (como se pode ver nas partes originais deste vídeo-clip).
04/05/09
Bem Haja
Aqui termino a saga Austrália 2008 parte II com um grande Bem Haja ao amigo João Grilo pela amizade, cumplicidade, entendimento, partilha e viagens (em 3 continentes) que temos tido em conjunto (a última foi com a Wombat por entre as vastidões do Território do Norte).
O João G desde tenra idade que quis sentir o que estava mais além. Trabalhando aqui e ali, acreditou em si e, sem ter medo de trabalhar e da incerteza de alguns momentos, fez-se á estrada e viveu/viajou intensamente por Portugal até que se acabou por fixar em Londres. Quando a excitação da cidade se desvaneceu, imigrou temporariamente para a Andaluzia enquanto planeava o seu próximo sonho, ir viver para o outro lado do mundo! Depois de 2 anos em Melbourne, Darwin, Território do Norte e Tasmânia, o João encontra-se neste momento na sua viagem à volta do mundo. A última vez que soube novas dele estava nas Fiji e espera-se que chegue a Nova Iorque no dia 15 deste mês a tempo do seu aniversário. Lá para Setembro deve regressar à Austrália. Há enfermeiros assim!
O João G desde tenra idade que quis sentir o que estava mais além. Trabalhando aqui e ali, acreditou em si e, sem ter medo de trabalhar e da incerteza de alguns momentos, fez-se á estrada e viveu/viajou intensamente por Portugal até que se acabou por fixar em Londres. Quando a excitação da cidade se desvaneceu, imigrou temporariamente para a Andaluzia enquanto planeava o seu próximo sonho, ir viver para o outro lado do mundo! Depois de 2 anos em Melbourne, Darwin, Território do Norte e Tasmânia, o João encontra-se neste momento na sua viagem à volta do mundo. A última vez que soube novas dele estava nas Fiji e espera-se que chegue a Nova Iorque no dia 15 deste mês a tempo do seu aniversário. Lá para Setembro deve regressar à Austrália. Há enfermeiros assim!
Sydney
Foi esta a cidade que me viu entrar e sair do pais. Fiz de Chinatown residência por alguns dias, envolvi-me na sua multi-culturalidade e frenesim, e sem temer deixei-me contaminar pelo charme da cidade. Penso que não me esquecerei das suas praias e enseadas de encantar e julgo que compreendo a razão pela qual está no topo de vários rankings mundiais.
Post-scriptum:
Post-scriptum:
14/02/09
Brisbane parte II
A escrita está atrasada mas a saga Austrália 2008 parte II ainda não terminou. Transporto memórias e imbuído na necessidade de as partilhar aqui vós deixo algumas.
Numa noite de Outubro disse Até Já ao João G. e rumei para Sudeste. Após uns meros 3427 Km dei por mim em Brisbane, onde tudo continuava familiar (pois tinha lá estado em Março ). Desta vez a missão consistia em re-encontrar a amiga Melanie, caminhar por South Bank e comprar fruta nos mercados do West End. Nesses dias a cidade foi assaltada por uma multi-culturalidade musical, racial e gastronómica devido aos 2 festivais que decorriam em simultâneo (Multicultural Festival e o GreenFest) e as tribos urbanas da cidade, à noite, continuavam a encontrar-se na casa de chá The Shire. Resta acrescentar que a Queenslander da Mel continua acolhedora, os vizinhos loucos e a proprietária encantadora.
08/02/09
Antonio is ...
"Life is no straight and easy corridor along which we travel free and unhampered, but a maze of passages, through which we must seek our way, lost and confused, now and again checked in a blind alley.
But always, if we have faith, a door will open for us, not perhaps one that we ourselves would ever thought of, but one that will ultimately prove good for us."
But always, if we have faith, a door will open for us, not perhaps one that we ourselves would ever thought of, but one that will ultimately prove good for us."
A. J. Cronin (1896-1981)
01/02/09
No mercado de peixe
Algumas pessoas não sabem comportar-se e à conta disso, de vez em quando, o Tsukiji (mercado de peixe de Tóquio) está interdito aos turistas.
09/01/09
14/12/08
Simulação
No Japão há simulações de terramotos, incêndios, assaltos, etc. de modo a que possamos reagir eficientemente a essas situações. Neste vídeo temos uma simulação da captura de um perigoso rinoceronte evadido do Jardim Zoológico de Tóquio. O cenário está muito realista e nota-se que o jardim zoológico está apto a lidar com a situação.