
Vem, vamos embora,
que esperar nao e' saber
Quem sabe faz a hora,
nao espera acontecer
Refrao do poema/cancao
"Pra nao dizer que nao falei de flores"
Geraldo Vandré (1935 - ?)


A cidade de Kamakura situa-se a 50Km a Sudoeste de Tóquio e foi capital do Japão entre 1192 e 1333 sob a égide dos clãs Minamoto e Hojo. Para muitos apelidada da "Kyoto do Leste" e' um local pejado de templos e historia. Rodeada de pequenas montanhas verdes ainda tem o bónus de ser banhada pelo Oceano Pacifico.
A beleza que emana da terra tem a capacidade de nos arrebatar. Locais como Nikko (140Km a Norte de Toquio) fazem-nos sentir assim.
Ontem regressei de um fim-de-semana pintado pelas cores de outono e pela generosidade da Universidade de Toquio. Depois do prazer dos banhos de aguas vulcanicas e do assedio visual das cores vivazes, o regresso ao dia-a-dia soa de forma tenebrosa. Mas assim deve ser a vida... uma luta constante entre "o tem de ser" e a fuga ao quotidiano.
A Universidade financiou o projecto e 42 estudantes, 1 Professor e o Staff das Relações Internacionais aceitaram o repto. Um autocarro levou a nossa boa disposição para Norte.
Ao passar pela porta do templo de Tosho-Gu apercebemos-nos que pisávamos terreno sagrado. Em seguida fomos para um Onsen (hotel especializado em banhos de aguas vulcânicas) de 9 andares onde deu para dormir num quarto de estilo Japonês (com camas Futon e paredes deslizantes de papel). Vesti uma Yukata (em exclusivo...) o tempo todo e, por entre banhos e massagens, tivemos um jantar delicioso/abundante no mais puro estilo Oriental (seguido de Karaoke). No dia seguinte exploramos a Edoland (parque de diversões que recria o estilo de vida do Japão antigo) e, de autocarro, atingimos os planaltos das montanhas Futarasan-jinja para perdermos o olhar pelas encostas cor de fogo.
